JAIME PRADES
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PAULO KLEIN 2013
Crítico e Curador Artes Visuais ABCA – AICA – UNESCO


Texto para a exposição "OSSO"

COLOSSO DE PRADES

“Hueso que te cupo en parte, róelo con sutil arte”.

OSSO é +
1 COOL' OSSO
de J. PRADES

A arte de Jaime Prades nunca foi fácil, nunca foi fútil. Teve sempre interesses além da Estética Vazia, intenções para além da Moda e dos modismos, para além da farsa ou falsa ideologia. Arte resistente de uma mente vivaz, conectada com questões fundamentais para a continuidade saudável da raça humana, JP cria para enaltecer o homem, para comentar – entre a ironia e a pantomima – que estamos vivendo no limiar de uma era.
Ao acompanhar as movimentações de JP em seu percurso, assim como outros pensadores das Artes Visuais, percebo que Prades se supera sucessivamente sem perder a coerência, o traço grosso em volume e em expressividade, os recortes de seus personagens totêmicos (absurdos), o uso de técnicas da arte urbana (incluindo o graffiti), os múltiplos (com recursos de tecnologia e materiais de ponta), as esculturas, instalações e sites specifics utilizando materiais bastardos que, em suas mãos, transformam-se em esculturas poderosas, provocativas.
Não há como não lembrar cenas e personagens ao refletir sobre a arte de Jaime Prades > Gaudi, Antoni Tapiés, Joseph Beuys, Anselm Kieffer, Hundertwasser, os mais recorrentes.
Ao tomar consciência de que a área oferecida para esta exposição tinha dimensões museológicas, JP passou a pensar a mostra como uma grande ocupação. Primeiro loteou os espaços em ilhas/núcleos, estudou as esquinas, quebras e interferências e passou a gerar peças ou conjuntos de ocupação em técnicas e dimensões apropriadas para ocupar cada área.
Galões plásticos para água, o carvão - antítese do diamante, granito erigido em totem, aço carbono, blocos de cimento, tambores grafados a la Tupinãodá, sucata de madeira, PVC usado e canos de escapamento de automóveis transformam-se em esculturas impressionantes. Tudo vale se faz sentido!
Expo-ocupação-introspecto-vibração, OSSO surpreende colossal em sua originalidade, sem perder conexões com a produção desenvolvida nas três últimas décadas. O conjunto total de peças reunidas é um grito! Choque na mesmice da arte egóica sem compromisso com a verdade.
Contando com inúmeros parceiros, amigos e colaboradores para realizar OSSO Jaime Prades mais uma vez se supera, batendo na mesma tecla, osso duro de roer, colosso da nossa sempre juvenil rebeldia.

Paulo Klein