JAIME PRADES |
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FÁBIO MAGALHÃES 2021 ANA AVELAR 2016 FABIO MAGALHÃES 2016 JAIME PRADES 2014 B JAIME PRADES 2014 A SAULO DI TARSO 2014 PAULA ALZUGARAY 2013 ANTONIO VENTURA 2013 PAULO KLEIN 2013 TEREZA DE ARRUDA 2012 CLAUDIO ROCHA 2012 PAULO KLEIN 2012 SERGIO LUCENA 2012 JAIME PRADES 2010 WAGNER BARJA 1998 MARIA IZABEL B. RIBEIRO 1997 JOSÉ ROBERTO AGUILAR 1996 REJANE CINTRÃO 1996 FABIO MALAVÓGLIA 1995 WAGNER BARJA 1994 MARIE ODILE BRIOT 1990 ANA MAE BARBOSA 1989 LEONOR AMARANTE 1987 MARIA CECÍLIA F. LOURENÇO 87 |
PAULA ALZUGARAY 2013
Curadora e editora
MUSEU DA CIDADE Paula Alzugaray - para revista ISTOÉ e site da revista SELECT - 24/05/2013 Em exposição individual, Jaime Prades parte de um impulso acumulativo para chegar a um pensamento sintético sobre a relação entre o homem, a cultura e a natureza. Diz a lenda e conta o artista Jaime Prades que o Tupinãodá foi o primeiro coletivo de arte urbana do Brasil. Quando participou da fase mais ativa do grupo, entre 1984 e 1989, Prades bebia das fontes da antropofagia modernista, das performances de Flávio de Carvalho e das intervenções urbanas de Alex Vallauri – artista atualmente revisitado em retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Naquele momento, Prades criou a série “As Máquinas”, mural de proporções monumentais que, num belo dia de 1987, surgiu em uma das paredes do túnel da avenida Paulista e acabou impactando sobre várias gerações de artistas urbanos. Parte dessa história está contada no percurso de obras expostas em “Osso”, no Espaço Cultural Instituto Cervantes, em São Paulo. Porém, mais que um recorte de momentos significativos de seus 30 anos de trabalho, a exposição abre novo ciclo na obra de Jaime Prades. “Fiquei muitos anos preso ao desenho, mas hoje me descubro um escultor”, diz o artista. A exposição divide-se, portanto, em dois tempos. A primeira sala exibe uma série de obras recentes que ostentam duas intenções de trabalho: o acúmulo e a síntese. A instalação “Terra, Ar, água, Fogo” é constituída por três totens compostos de acúmulo de matérias orgânicas (minerais) e objetos descartados. “Terra” é feito de antigas portas e janelas, encontradas em demolições, organizadas sobre um monte de terra; “Ar” é feito de um agrupamento de escapamentos de carro descartados, sobre um monte de carvão vegetal; e “Água” é feito de galões de água mineral sobre um monte de areia. “Essa instalação evoca a memória dos materiais e das vidas que passaram por eles. São objetos impregnados de humanidade”, diz Jaime Prades. Diante dos totens feitos de acúmulo, uma parede recebe sete objetos construídos com um sentido muito apurado de síntese. A série Ossário articula objetos achados na rua, de forma a construir frases e pensamentos. Assim, dois talheres associados a um osso de boi e uma pá enferrujada, por exemplo, constroem a ideia de um ciclo de cultivo e nutrição – ou nascimento, vida e morte. Outros objetos chegam a expressar uma vontade de catalogar, indexar ou diagramar os elementos, como se construíssem um arquivo iconográfico da vida urbana. A síntese é, portanto, a tônica preponderante. “O osso é o que fica”, afirma ele, referindo-se ao elemento que dá título à exposição. O segundo tempo da mostra é composto por obras realizadas desde os anos 1980. Estão ali telas que representam personagens que emergem do lixo e telas cobertas por uma malha de inscrições que cobriram também os muros de São Paulo. Nessas caligrafias, encontramos a mesma propensão ao pensamento sintético com que o artista faz sua escultura recente. A exposição se desenha, portanto, como uma arqueologia da própria obra de Jaime Prades. CLIQUE AQUI LINK DA MATÉRIA NO SITE DA REVISTA SELECT: http://www.select.art.br/museu-da-cidade/ |
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